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A BIPOLARIDADE PARTIDÁRIA DOS PORTUGUESES

Domingo, 03.11.13

O ano de 2013 caminha a passos largos para o final e neste pequeno país à beira-mar plantado, o ambiente social, político e económico piora de dia para dia. 

Enquanto o Governo insiste em lançar cá para fora mais medidas de austeridade, onde se destacam os cortes nos salários, o aumento de impostos, a criação de taxas e sobretaxas, entre outras formas de subtrair mais dinheiro aos que pouco ou já nada têm, o povo, essa mole humana que está a ser fortemente esmagada pelas tão apregoadas medidas de austeridade para controlar o défice e equilibrar as contas públicas, continua impávido e sereno à espera do próximo embate ou, como diriam alguns, à espera do próximo 'prego no caixão'. 

Na Grécia, em Espanha ou no Brasil, algumas medidas que afectavam directamente os seus cidadãos, foram recebidas com protestos, manifestações na rua e confrontos com a polícia. Em Portugal, continuamos a recebê-las como se não fosse nada connosco ou, quando muito, com umas 'farpas' lançadas nas redes sociais e, de tempos a tempos, uns gritos e apupos em forma de protesto, perpetrados por meia dúzia de indivíduos. 

Claro que ninguém espera e deseja que os portugueses radicalizem os protestos e passem das palavras à violência gratuita. No entanto, é necessário mostrar aos partidos do Governo (PSD/CDS-PP) e ao maior partido da oposição (PS) que os modelos políticos, económicos e sociais adoptados nos últimos anos, expiraram há muito. 

Talvez esteja na altura dos portugueses mostrarem de forma indelével, clara e inequívoca que estes partidos e estes boys e girls 'fabricados' no seio das máquinnas partidárias, já não servem os interesses de ninguém, exceptuando, talvez, os interesses deles próprios. A melhor forma continua a ser, sem sombra de dúvida, o sufrágio universal. Contudo, ficou claro uma vez mais nas últimas eleições autárquicas, que os portugueses continuam a sofrer de bipolaridade partidária, uma maleita que tem vindo progressivamente a destruir o nosso país nos últimos 39 anos.

Talvez ainda não tenhamos 'batido suficientemente no fundo' até este povo, que um dia foi grande e reescreveu uma boa parte da História mundial, acordar deste marasmo em que mergulhou. Esperemos apenas, que o despertar do leão não seja demasiado tarde...

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publicado por Criatura da Noite às 23:21