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MÁSCARAS

Quarta-feira, 10.10.07

Durante longos anos, a homossexualidade foi considerada uma doença do foro psiquiátrico, parecer esse revogado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em finais dos anos 70 do século passado.

 

Neste cenário, muitos homossexuais foram obrigados a viver sob o signo da mentira, perante um Mundo que, ainda hoje, se mostra hóstil a todas e quaisquer manifestações de amor entre duas pessoas do mesmo sexo. A mentira e o recurso a máscaras, acabaram por tornar-se para alguns um ponto assente nas suas vidas, algo tão natural como respirar ou comer.

 

Terão essas mesmas máscaras surtido um efeito antagónico, tornando-se, simultaneamente, um factor de defesa e uma propensão à mentira e à ilusão?

 

Em abono da verdade, não existem quaisquer estudos sobre esta questão. As conclusões retiradas cifram-se em meras observações que, em momento algum,  poderão servir como amostras representativas.

 

Ao movimentarmo-nos pelo mundo LGBT (lésbico, gay, bissexual e transexual), acabamos por nos aperceber que a maioria dos bi/homossexuais não conseguem despir a máscara que utilizam no seu quotidiano diário, perante determinadas situações, acabando por misturar o seu próprio "eu" com essa mesma máscara.

 

Só assim poderemos compreender o facto da mentira, falsidade e ilusão serem tão frequentes entre relações de amor ou amizade entre pessoas do mesmo sexo.

 

Sim, talvez seja demasiado redundante abordar esta questão apenas ao nível dos LGBT's. Afinal, a mentira e a falsidade acabam por coabitar em todas as orientações sexuais, sejam elas de que natureza forem.

 

Será simples ilusão ou mera desilusão?

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publicado por Criatura da Noite às 14:25