CRIATURA DA NOITE
Se procura um espaço onde abundam as pseudo-análises político-sociais com um ligeiro travo de ironia e sátira política de alguém que não percebe nada disto, chegou ao sítio certo!
O MENINO DE OURO
Nélson Évora consagrou-se, hoje, campeão olímpico no triplo salto em comprimento.
O português de 24 anos bateu a concorrência ao saltar 17,67m, estabelecendo a sua melhor marca deste ano.
OBRIGADA, NÉLSON. PORTUGAL AGRADECE-TE!
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A MENINA DE PRATA
Vanessa Fernandes consagrou-se, ontem, vice-campeã olímpica na modalidade de triatlo feminino nos Jogos Olímpicos de Pequim.
A atleta de 22 anos cortou a meta em 2º lugar, a 1,06 da sua grande e principal rival, a australiana Emma Snowsill.
A medalha de prata há muito ansiada pelos portugueses deixou Perosinho (V. N. Gaia) e um país inteiro rendidos, definitivamente, ao excelente trabalho que Vanessa Fernandes tem vindo a protagonizar nos últimos anos no triatlo mundial.
Esta medalha, seguramente uma das mais importantes da sua carreira irá juntar-se a outros tantos títulos que a triatleta arrecadou ao longo dos últimos 7 anos.
PARABÉNS, VANESSA! PORTUGAL AGRADECE-TE!
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OS DESAIRES OLÍMPICOS
Esta manhã, quando ouvi as fortes críticas de Vicente Moura, Presidente do Comité Olímpico Português e de Vanessa Fernandes, medalha de prata em Pequim na modalidade de triatlo, recordei o que havia escrito há alguns dias atrás no fórum da Rede Ex Aequo (www.ex-aequo.web.pt/forum) e que foi mal interpretado por alguns colegas forenses.
A verdade é que a minha revolta e indignação com a prestação dos nossos atletas nas Olimpíadas tem vindo a crescer de dia para dia com a falta de resultados minimamente positivos.
As declarações de Marco Fortes no passado sábado foram apenas o despoletar de uma situação que já se vem arrastando há alguns anos.
Afinal, o que é que alguns atletas vão fazer aos Jogos Olímpicos? Passear?
Pessoalmente, considero inadmissível um país levar 80 atletas e apenas meia dúzia conseguirem passar a 1ª fase das provas.
Por acaso, os portugueses andam a descontar para aqueles meninos andarem a fazer turismo? Pelo menos, mostrem algum esforço durante as competições! Ninguém lhes exige medalhas, mas um pouco de brio e esforço não ficavam mal, não é?
Sinceramente, sou da opinião que seria preferível Portugal levar poucos e bons do que muitos e maus atletas.
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OLIMPÍADAS 2008
Começaram no passado dia 8 de Agosto, as 29ª Olimpíadas da era moderna.
Desta vez, o país escolhido para acolher os Jogos Olímpicos foi a China, debaixo de um coro de protestos e contestações, devido à constante violação dos direitos humanos no território e à questão do Tibete.
Politiquíces à parte, Portugal está representado por mais de 80 atletas distribuídos por várias modalidades.
Até ao momento, a participação lusa tem ficado aquém das expectativas. No judo, Telma Monteiro, n.º 2 no ranking mundial e João Neto, campeão europeu ficaram muito longe das medalhas.
Noutras modalidades como a natação, esgrima, tiro e hipísmo a prestação dos atletas também não foi a melhor.
Ao contrário de todas as expectativas, Portugal está a apresentar resultados positivos na vela com Gustavo Lima a ocupar o 2º lugar e Álvaro Marinho e Miguel Nunes a ocuparem o 5º lugar da classificação geral nas respectivas categorias.
No entanto, estes Jogos também ficam marcados pela polémica em torno da organização, sobretudo, no que concerne à esplendorosa e faustosa abertura.
Depois de uma cerimónia de abertura no mínimo espectacular, começam a ser revelados alguns pormenores menos claros que a organização chinesa tentou esconder, nomeadamente, o facto do público presente ser constituído por alguns grupos organizados com o intuito de aplaudir efusivamente o espectáculo ou o fogo-de-artifício que maravilhou milhões, não ter passado de uma montagem multimédia através de gráficos de computadores.
No entanto, o mais grave de tudo prende-se com o facto de uma criança ter sido banida da cerimónia por não corresponder aos padrões de beleza exigidos. A história resume-se em breves palavras.
A menina linda e encantadora que subiu ao palco para interpretar "Ode à mãe pátria" fez playback sobre a voz de outra menina, cuja presença foi recusada na cerimónia por ter dentes tortos. A voz cristalina escutada durante o espectáculo pertence a Yang Peiyi que foi obrigada a permancer na sombra por não ser perfeita.
Num mundo civilizado, isto seria um exemplo gritante e revoltante de discriminação e vergonha. No entanto, as autoridades chinesas justificam esta atitude com o "interesse nacional". Como se isso não bastasse, acrescentam ainda que "a criança tinha de ser perfeita na imagem, no sentimento e na expressão".
Enfim, no meio de tanta beleza e magnificência, acabam sempre por aparecer alguns "podres"...